Teaching Without Walls, Michael Wesch
Teaching Without Walls é o
tema de um canal do YouTube de Michael Wesch, onde se pode ler a seguinte
inscrição “You don't have to teach online.
You can teach out in the world, without walls, and without the walls
that our preconceived ideas create of what "teaching online" has to
be.”
Michael Wesch é um antropólogo
cultural e um ecologista mediático, cujo trabalho com os alunos procura
examinar “as redes sociais e outras ferramentas interativas da Internet
conhecidas coletivamente como Web 2.0.”
“Os media não têm favoritos;
conquistam todas as culturas“
Wesch refere-se ainda no vídeo “An anthropological
introduction to YouTube “ a um ambiente mediático integrador e, mais uma vez,
somos confrontados com um fator quase paradoxal, pois o isolamento do indivíduo
é reduzido pela sua inclusão num ambiente social, com uma exposição de
dimensões desmesuradas, onde noções como privacidade ou ridículo são anuladas
por uma exposição que nem sempre será honesta, mas que, em muitos casos, dos
chamados vídeos caseiros apresenta essa ideia de genuinidade e até de
ingenuidade. Talvez por isso obtenham tantas visualizações…
Ensinar online pode, segundo
Wesch no vídeo “10 Online Teaching Tips beyond Zoom: Teaching Without Walls
Episode 1”, ser uma aventura fenomenal. A ferramenta de trabalho deve ser
simples e intuitiva e estar disponível para o telemóvel. Outra palavra-chave é
a consistência, sendo proposto o mesmo tipo de tarefas todas as semanas. Dever-se-á
dar início ao processo de forma impactante, pois só temos uma oportunidade para
causar a primeira impressão e num processo de ensino/aprendizagem a criação de
boas expectativas no aluno pode assegurar o sucesso da disciplina. Outra dica
importante prende-se com uma atividade dialogada em que o professor mostra a
sua disponibilidade não só para estabelecer contacto direto, como para
esclarecer todas as decisões que tomou relativamente a procedimentos e à
avaliação. A clareza do processo avaliativo reveste-se de extrema importância e
deve ser disponibilizada de forma criteriosa e detalhada, uma vez que “as
regras do jogo” devem ser conhecidas de antemão. Por fim, no final de cada
semana, deve ser feita uma sistematização das melhores ideias que contribuíram ou
que surgiram para/do trabalho desenvolvido. Wesch sugere ainda que deve haver
uma preocupação com a agilização do processo para que o aluno não sinta que
está a perder tempo, que o professor deve ler e responder de forma
despreocupada e, sobretudo, disponibilizar feedback atempadamente.
Centrando a atenção no YouTube, e
numa vertente educativa, não se pode ignorar o manancial de conteúdos
interessantes, como tutoriais, explicitação de temas/assuntos, demonstrações
científicas. O estudante de hoje pode adquirir ou consolidar conhecimento com
recurso à internet e o professor da atualidade tem à sua disposição recursos
que a nível didático podem transformar a aula num espaço de interesse. Estas
novas metodologias são ainda mais visíveis no Ensino a Distância. Estudar a
partir de vídeos supera em grande escala metodologias como a exposição ou o
questionamento.
Referências bibliográficas
Media Ecologist: Dr. Michael Wesch. (s.d.). Obtido de National Geographic: https://education.nationalgeographic.org/resource/real-world-geography-dr-michael-wesch
Wesch, M. (23 de junho de 2008). An anthropological
introduction to YouTube. Obtido de YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=TPAO-lZ4_hU
Wesch, M. (s.d.). We Shape Our Tools and then Our
Tools Shape Us. Obtido de YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=BKc9hSavleA
Wesh, M. (s.d.). 10 Online Teaching Tips beyond
Zoom: Teaching Without Walls Episode 1. Obtido de YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=D7vooDcxUaA&list=PLbYkdovMggXGALfVh80UDGKQYBRx1Z3ZO
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