Processos Pedagógicos em eLearning
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Dimensão Estudante - Os Ambientes Pessoais de Aprendizagem
- Bill Olivier e Oleg Liber (2001) deram origem à designação no documento «Lifelong Learning: The Need for Portable Personal Learning Environments and Supporting Interoperability Standards»;
- Lubensky (2006) considera-o uma forma simples de partilhar e agregar as experiências de aprendizagem através da configuração e manipulação de artefactos digitais;
- Siemens (2007) refere-se a PLE como um conjunto de ferramentas interligadas pelo conceito de abertura, interoperabilidade e controlo do estudante;
- Wilson (2008) fala de um ambiente onde as pessoas, comunidades e recursos interagem de forma muito flexível;
- Attwell & Costa (2008) consideram-no baseado em múltiplos contextos, promotor da autonomia do estudante e representado com tecnologia, incluindo aplicações e serviços;
- Simões (2010) apresenta o PLE como um espaço pessoal controlado pelo estudante que proporciona o desenvolvimento e partilha das suas opiniões;
- Rodrigues & Miranda (2013) concluem que um PLE é um espaço de aprendizagem gerido por regras pessoais que constituem a entidade de cada um e onde se regista informação que se destina a ser partilhada, aperfeiçoada e perpetuada como um bem comum.
Academy, T. K. (21 de 01 de 2019). Teaching Technique
19: Personal Learning Environment. Obtido de Youtube:
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Dimensão Professor
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Desenho da Aprendizagem Online
O tema III da UC de Processos
Pedagógicos em eLearning explorou os desenhos de aprendizagem online, dividindo
o grupo no tratamento do design instrucional e design educacional, procurando enquadrá-los
nas seguintes categorias: Questões Conceptuais, Metodologia de Design, Design
de Atividades, Design de Recursos e Relatos de Experiências.
1) Questões
conceptuais
A distinção entre design
educacional e design instrucional não reúne consenso, no entanto, parece comummente
aceite que o primeiro termo é mais lato do que o segundo.
Gellevij (2001) refere que “instrução
é conseguir, por meio de um método, que um aprendiz, dentro de um sistema e sob
certas condições, alcance um objetivo de aprendizagem pré-definido”
Por seu turno,
Tomando como referência o exposto
anteriormente, poder-se-á considerar o design instrucional como parte do design
educacional. Tractenberg
Por educação entendem-se todas as
experiências criadas para que as pessoas aprendam. Isso inclui a instrução, e
as formas de aprendizagem em que não há objetivos claros e predefinidos (…) Quando
existem objetivos predefinidos e um método para alcançá-los, chamamos isso de
instrução, que toma a forma de cursos e materiais didáticos em geral. (…) A
instrução encontra-se no plano mais elementar do planejamento educacional e diz
respeito aos materiais didáticos (livros, apostilas, vídeos, tutoriais
digitais), e às atividades educacionais (palestras, aulas, cursos, módulos
online etc.).
2) Metodologia de Design
No design instrucional poder-se-á
considerar o modelo ADDIE (Analize, Design, Develop, Implement, Evaluate).
Filatro e Piconez no artigo “Design Instrucional Contextualizado”, de 2004
consideram que “na educação online, o design instrucional se dedica a planejar,
preparar, projetar, produzir e publicar textos, imagens, gráficos, sons e
movimentos, simulações, atividades e tarefas ancorados em suportes virtuais.”
No design educacional, poder-se-á
utilizar a metodologia dos 7C’s: Conceptualizar; Capturar; Criar; Comunicar;
Colaborar; Considerar; Consolidar. Todo o trabalho de conceção, desenvolvimento
e implementação tem de ter em conta a velocidade a que se registam mudanças ao
nível das competências, a distância entre o saber empírico e os conteúdos académicos
e as exigências do mundo do trabalho.
Da análise das metodologias, mais
uma vez sobressai a abrangência do design educacional que parte da conceptualização
de um modelo pedagógico, fazendo uso do modelo instrucional que partiu da análise
de um problema a ser resolvido.
3) Design
de Atividades e de recursos
O design de atividades e de
recursos afigura-se com pontos comuns entre os designs instrucional e
educacional. Em ambos o foco está no público a quem se destinam como garantia
de eficácia.
No design instrucional denota-se
a preocupação em estudar este público, perceber as suas motivações, ritmos de
aprendizagem, contexto socioeconómico, entre outros, para a definição dos
objetivos da aprendizagem e das competências a desenvolver, no sentido de criar
atividades e recursos impulsionadores de aprendizagens significativas.
Do mesmo modo, no design
educacional atua-se ao nível da conceção da atividade, visando os diferentes
tipos de aprendizagem: aquisição, discussão, colaboração, prática,
questionamento e produção
4) Relato
de experiências pessoais
A experiência enquanto estudante
da Universidade Aberta possibilitou-me o contacto com o Modelo Pedagógico Virtual,
que, de acordo com o que foi exposto anteriormente, permite entendê-lo como um
modelo de design educacional, concebido para efetuar a transição de um Ensino a
Distância para uma experiência de eLearning. Assume-se como um “quadro geral de
referências” e como um “instrumento organizador das práticas de ensino e de
aprendizagem”
É possível observar uma atitude
dialógica na negociação dos contratos de aprendizagem, a preocupação na
observância das implicações dos ambientes externos, assumindo, por exemplo, como
facultativas as sessões síncronas e privilegiando a modalidade assíncrona. Pressupõe
um módulo de ambientação e na gestão de cada unidade curricular deverão ser contempladas
atividades promotoras da aprendizagem, que veiculem a flexibilidade, a interação
e o princípio da inclusão digital.
Cabe a cada professor elaborar um
contrato de aprendizagem assente nos pressupostos instrucionais do Modelo Pedagógico
Virtual e visar o design educacional da Universidade Aberta, atendendo às
linhas de força definidas.
Do estudante espera-se a
disponibilidade para aprendizagem, para a colaboração com os pares, para a
autoria e coautoria, manifestando espírito crítico e rigor nas suas
intervenções e, simultaneamente, a utilização e desenvolvimento do seu Personal
Learning Environment.
Referências bibliográficas:
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Tractenberg, R. (2023). O Design Instrucional e
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